segunda-feira, 2 de agosto de 2010

traços da prosa contemporânea

Duas belas características da matéria de entrevista é citar entidades coletivas atuais, além dos autores inspiradores, por um lado, e exemplificando com muitos casos bem pertinentes, plantando o currículo inter-urbano, reproduzindo a partilha de conhecimentos, desmistificando e fortalecendo o respeito aos convivas e povos na l(ab)uta, na mesma esteira de narrativa viva, que se busca e traz para o caminho trilhado em etapas (e vislumbrado em momentos?!). Afinal, escrever a própria história é coisa a se fazer com gestos, saliva, risos e lágrimas, trajetórias e interpretações (incluindo aquelas em que nos educamos e aprofundamos segundo as quais “a História” teria sido escrita “pelos vencedores”, nos empurrando para outras formas de pensar, por exemplo fábulas reencarnacionistas, como escapes do discurso egocêntrico reinante, mas vivos são os que sabem “escrever” a sua própria vida, contar, mexer com o corpo do imaginário, o cosmo de universos narrativos, a poética da linguagem e as linguagens do poder mais certo e popular, incluindo quem sabe as políticas utopistas que estavam pulverizadas em futurismos estúpidos).




A imagem fotográfica já é um recipiente de emoção, qual página literária, de vivência, recordação e aspiração, e cada bloquinho da entrevista a tijolada no mal ou matéria na parede da construção de uma mandala, uma linguagem na sintonia de educação popular que tanto almejamos. O jardim é zen, é a árvore dos ramos de nossas atividades, no jardim do cosmos, é o lugar de encontro, de medicina, de cuidar com quem estamos, com que vida(s) lidamos, lind@s!



Mas isso a turma já sabe, e prossigo na leitura:Há costura com premissas articuladoras de ações (de educadores populares), pelo diálogo em torno de concepções equilibradas, conceitos harmônicos pelos quais se expressam os convivas que nos encontramos recentemente no FISL – graças à “turma de sempre” (só não gosto de ficar como desgarrado da história da Tusilé entre tantas) e de outros eventos bancados “às próprias custas S.A.” e repercutindo aos trancos e solavancos, das rodas de samba e das articulações para tão “mais além” de nacionais, locais, universitárias ou urbanas (continentais, em escala, políticas e eletrônicas em poética na veia dos veios vindo e canais midiáticos em dinâmicas de rede muito mais forte (e em pleno “feirão”) do que as “ondas” de tão triste e terrível memória...) e apesar das tão lamentáveis colisões de agenda que seguimos sublimando em nome das reconfigurações de comunicação inter-turmas em que “transitemos”, intervimos, respiramos, pensamos, obramos. Explicitamente estético, o movimento também sensibiliza para a iluminação desde os “pequenos” momentos de nossas vidas, contra anestesias e embrutecimentos, a estesia (“aesthesis”), nutrir a sabedoria do “gosto”, em pleno ritmo de quatro estações (como numa música gringa que decifrei ontem, “dos porquês de tua preferência de estação”).



Deste equilíbrio da arte com o conhecimento, ou concílio do ambientalismo com estética, nos admiramos, vibramos, aplaudimos as notícias, pedimos registros para acervo, visitas, às localidades da malha urbana em que operamos, moradias, ocupações, projetos, eventualmente ossos do ofício, ou políticas mesmo, conforme a exigência de aprofundamento e a demanda d@s companheiros escandalizad@s com os descaminhos da vida pelas quais transitam tão “car@s” colegas.

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